quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ele



Emerson Teixeira Lima
Quantos dias ele andou sem rumo?
Quantas vidas ele viveu?
Quantas ansiedades ele enfrentou?
Quantos beijos ele evitou?
Quantos medos lhe serviam como escudo?
Quantas vezes ele pediu?
Quantas vezes ele se apaixonou?
E quanto dessas paixões não deram certo?
Quantas vezes ele questionou?
E quantas vezes estava certo em questionar?
Quantas vezes ele errou?
E quantos desses erros ele acertou em errar?
Quantos olhares se perdeu?
Quanta busca sobreviveu?
Quantas conquistas viraram rotina?
Houve algum dia que a rotina valeu a pena?

Quantas vezes ele recusou?
Quantas vezes ele foi recusado?
Quantas vezes chorou?
Quantas vezes fez chorar?
Quantas vezes foi sincero?
Quantas vezes fez tantas coisas?
Quantas vezes fez nada.

Quantas vezes o tempo falou com ele?
Quantos dias a morte sussurrou nos seus ouvidos?
Quantos amores lhe prejudicaram?
Quantos desses amores foram reais?

Ele está.
Ele andou.
Ele não encontrou.
Ele quis.
Ele foi. 
Ele é o amor.
Ele morreu, pelo mesmo motivo que foi criado.

Agora o rebelde encontrou o seu lar,
Sua vida se deleita em contradições,
Ele entende tudo,
Que não entender nada, por vezes, é a solução para o tudo.
Ele pede uma nova chance.
Recebe uma chave,
A chave da oportunidade,
Em viver novamente,
Sabendo que é preciso aceitar,
Se desarmar,
Amar,
Não só ganhar,
Duvidar,
Mas acima de tudo acreditar,
Que ele não é só mais um,
É zero.

Agora o rebelde encontrou o seu amor, 
Descobriu que tudo se passa dentro dele mesmo,
Descobriu que é importante descobrir, 
Mas não deve-se viver em prol somente disso.

E
N
C
O
N
T
R
E
-
M
E



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