quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A Teoria de Tudo, 2014


Stephen Hawking é uma figura que provoca curiosidade, aliás, isso é algo que acontece com vários gênios da ciência, que contribuíram com a história, afim de descobrir a vida que nos cerca. Esse mundo me soa extremamente fascinante e obscuro, fascinante pela mescla de genialidade com obsessão por respostas que, ao meu ver, são irrespondíveis. Obscuro pela minha própria ignorância mesmo, não saberia dissertar sobre elementos químicos ou físicos, mas entendo que há muitos elementos desconhecidos que compõe a vida na terra. Enfim, eu era um dos piores alunos em física. 

Escrevo isso, pois, sempre entendi a física como intocável, quase que impronunciável. O que temos em "A Teoria do Tudo" é uma humanização de um dos maiores físicos que já existiram. Eu acredito que essa bem sucedida experiência se deve ao diretor, James Marsh, que no seu documentário chamado "O Equilibrista", ele consegue humanizar o equilíbrio. Oras bolas, provavelmente nem eu e você iremos passear em uma cordinha em pleno World Trade Center. Mesmo assim, aquela loucura soa provocante, pois enxergamos com o olhar do equilibrista, o homem em questão.

"A Teoria de Tudo" começa bem chatinho, desvia-se por entre o caminho do romance - me lembrando muito aquele "Uma Mente Brilhante" com o Russell Crowe - mas após sabermos da doença motora degenerativa, aliado a atuação maravilhosa de Eddie Redmayne e a própria, como disse acima, curiosidade sobre a vida do Stephen Hawking, temos um filme que prende a atenção muito fácil. Se sustentando em três elementos: A doença, família e ciência. 

A doença consome o seu corpo, mas não sua mente. E fica claro a preocupação do protagonista com tal fatalidade. O doutor explica sobre as limitações que viram a seguir e este questiona prontamente: "E o cérebro?". De modo que ressaltasse que, para mudar o mundo, só precisaria dele. Como se o corpo fosse um sacrifício em prol ao conhecimento.
A família tenta se manter como comum, a esposa resiste ao fato de que precisa se ausentar de toda aquela responsabilidade e, mesmo quando começa a ter um envolvimento com o amigo, não fica o ressentimento, nem do Hawking e muito menos do espectador. O que poderíamos considerar como uma virtude. 

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