domingo, 31 de agosto de 2014

#09 - Assisti na semana

Blackfish - Fúria Animal, 2013




O longa conta a história de Tilikum, a principal baleia orca do parque temático SeaWorld, em Orlando, Estados Unidos, responsável pela morte de três pessoas. Imagens fortes e entrevistas emocionantes compõem o painel e ajudam a entender o comportamento da espécie, o tratamento cruel no cativeiro, além de recuperar as trajetórias e mortes dos treinadores, pilares de uma indústria multibilionária. O filme convida o espectador a repensar nossa relação com a natureza e explicita o quão pouco os humanos estão dispostos a aprender com esses mamíferos.

Confesso que, dentre todos os gêneros, o que eu mais tenho uma queda é o documentário. Pensando bem, eu procuro o documental  até mesmo nos filmes de ficção, ora, busco muito a realidade, então nada mais justo que classificar os documentários como sendo "a captura mais pura da vida.", audiovisualmente falando.

Aprecio a quantidade de informação que pode ser extraída sobre apenas um único tema que, muitas vezes, nem mesmo reparamos/paramos para pensar sobre. É o caso desse "Blackfish", que aborda as baleias assassinas, mesmo que o assassino revelado ao longo seja o próprio homem e o seu infindável ego.

O carinho e sentimento daqueles que cuidavam das baleias, seus treinadores, é contagiante. Como pode nós, seres humanos, termos tamanha sinceridade para com monstros, seria identificação (?) Ainda mais, o documentário nos coloca na posição de formigas, pessoas que na entendem dos seus escravos - no caso as baleias. Faz-nos refletir sobre as espécies, como pode existir criaturas tão grandes e como pode o homem tentar usar isso ao seu favor, manipular a natureza de forma que conquiste mais e mais dinheiro. É triste.

Nota: 5/5

Deus Não Está Morto, 2014


Josh Wheaton (Shane Harper) é um estudante que tem sua fé desafiada por seu professor de Filosofia, Mr. Radisson (Kevin Sorbo), que acredita que Deus não existe. Gira em torno da vidas de várias pessoas que também são desafiadas por um mundo que acredita que Deus não existe.

Eu tenho uma mania estranha, as vezes, de assistir algum filme sem ao menos buscar o mínimo de informação sobre o mesmo. Confiar sem nenhum motivo aparente e vamos que vamos. Muitas vezes dá certo, mas não foi dessa vez. Inocentemente, quando soube que tinha um professor de filosofia ateu eu nem quis ler mais nada e dei play no netflix... que tolo eu sou. Logo no início me deparo com um filme tendencioso, onde o ateísmo só é um ponto a ser mudado, até ai beleza, mas os artifícios para tal são os mais babacas possíveis como: Ateus perderam tudo e se revoltaram, ateus não amam, ateus pedem perdão nos momentos finais, ateus morrem rápido etc. 

É uma cagada sem tamanho, quem me acompanha sabe que não tenho preconceito algum com nenhum tipo de religião, mas aguentar um filme assim foi complicado. Os argumentos do tal menino são os mais comuns possíveis, ao ponto de eu dar risada, não pode me achar o mais inteligente do mundo, apenas por ter a nítida certeza de que, o professor, extremamente intelectual, jamais cairia em pensamentos infantis do tipo "como você odeia algo que não existe?". 

Além do mais, que porra de professor é esse que não dá o direito de escolha as alunos? Que merda! A proposta que ele apresenta não tem nenhum propósito, em termos de aulas, ele pede para escrever e foda-se o porquê disso. Sem contar também as outras religiões que aparece, pelo amor de Allah!

Que elenco ruim! Tem uma loira que tá com câncer no filme que, minha nossa, o olhar dela sempre aparece fixo para o lado oposto da câmera, como se o diretor - seja lá quem seja o diretor desse filme - a mandasse parar de olhar para a câmera e ela estivesse lutando contra isso. Que personagem idiota, sem sentido. O garoto protagonista não tem carisma, que horror minha gente! Esse negócio é um tash religioso! Castigo de satanás!

Bom mesmo foi ver Kevin Sorbo como o professor estúpido, não que ele seja bom ator, muiiiiiiito pelo contrário, é que ele fez Hércules naqueles filmes que passavam direto no SBT. Tá velho ele, que nostalgia.

Nota: 1/5

Velozes e Furiosos, 1955


Um homem injustamente preso por assassinato foge da prisão. Ele quer limpar seu nome, mas com a polícia perseguindo-o, ele é forçado a tomar uma bela jovem como refém, dirigindo um rápido carro esporte, ele acaba em uma corrida "transfronteiriça" na tentativa de chegar ao México.

Vale ressaltar que esse não é o filme original do "Velozes e Furiosos" de 2001, aquele com o Paul Walker e Vin Diesel, esse aqui é muito melhor! Dirigido pelo protagonista do filme, que por sinal podemos traçar um paralelo com o Vin Diesel, visto que ele possui a mesma delicada cara de macho, ele nos mostra carro o tempo todo. É corrida, é polícia, é mais corrida, é um monte de coisa. O casal atravessa o mundo com o Jaguar, carrão da época. 

Foi muito divertido assistir o filme aqui, pois fomos fazendo comparações o tempo inteiro com o "Velozes e Furiosos" de 2001, não a toa a loirinha começa o filme entrando em uma lanchonete, momento que eu gritei: "Agora vai pedir sanduíche de atum!". 

Tirando a brincadeira, o filme não tem nada de bom, é apenas divertido, produzido pelo grande Roger Corman esse filme é um pipoca dos anos 50, boa pedida para quem ama filmes com carros.

Nota: 3/5

Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada, 2007


Dan Burns (Steve Carell) é um pai viúvo de 3 garotas, que escreve uma coluna periódica em jornal onde compreende e resolve os problemas dos outros. Quando sai de férias com a família ele conhece Marie (Juliette Binoche), uma mulher inteligente e simpática por quem se apaixona. Só que, já na casa de praia e cercado por familiares, Dan descobre que Marie é a nova namorada de seu irmão mais novo, Mitch (Dane Cook), que diz estar profundamente apaixonado por ela.

Obs: Assisti novamente esse filme essa semana.

Me identifico demais com o Steve Carell, sua figura tão meiga e desconfortável, no mesmo tempo tão observadora me encanta. Acho-o muito elegante, eu diria até conquistador, esse jeitinho tímido, mas que parece saber que sua timidez pode ser uma boa arma para ganhar corações. Nesse filme em específico, me encanto com sua dedicação, unido com a naturalidade em ser só, enquanto protetor de vários. Mais do que protetor, ele se apresenta como aquele que guia as escolhas, e sabemos o quão difícil isso é, no momento em que a paixão entra em jogo.

Dan começa ignorando isso - ou simplesmente esquecer, o que eu acho até mais cabível - e, aos poucos, vai virando jovem novamente, sentindo algo que já havia sentido, mas com uma dose de maturidade. E maturidade é uma palavra que permeia essa obra simples e gostosa, Marie tem, de um lado, um meninão, bonito, que gosta de esportes e aventuras, de outro um pai, o nosso querido protagonista. A moça/mulher se encanta pelo segundo, pois é isso que precisa, como vemos lá no começo, quando estão na livraria, onde ela afirma que não sabe muito bem o que quer. 

Que doce esse triangulo amoroso, que família bonita, me faz ter inveja dela, no mesmo tempo que meu coração se enche de emoção com a relação que se cria, de forma que, quando acaba o filme, eu queira acompanhá-los para sempre, saber o que acontece. Na simplicidade, sem grandes emoções - mesmo que a cena que o querido Dan canta para Marie seja linda - o filme não apela em nenhum momento. No mesmo tempo que não é aquelas comédias românticas muito grudentas. Uma delícia, super indicado! 

Nota: 5/5


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