domingo, 30 de novembro de 2014

Fora da lei


Zelarei pela existência dos fracos,
Acreditarei que sou forte,
Forte o suficiente para te enganar.
Que sou um fora da lei,
Lei dos fracos, 
Lei do medo, medo da morte.

Houve um dia que acreditei na morte,
Hoje me entendo como filho prodígio dela,
Pretendo ser vivo,
Amo a vida,
Mas ela tem uma mãe, 
Carinhosa e paciente, 
Cujo nome é medo.
Roubando corações,
Salafrário oportunista,
Brincando com o destino desse que vos fala.
Amigo, eu sei que te conheci hoje,
Seria honesto dizer que te amo?
Amor é igual a cegueira,
Daquela que pode ser vista, 
Até mesmo por cegos,
Perdidos encontrados, sua alma é sua fuga.
Uma busca por ser um fora da lei,
Nosso coração pode ser facilmente, tirado do peito e entregue.

Fada, seu brilho me ofusca.
Inspirando-me a ser criança. 
Contigo não tenho mais medo da morte/vida,
Que essa força seja eterna,
Mas, como sei que não é, serei obrigado a te sequestrar,
Tiro saiu pela culatra,
Eu que fui sequestrado,
Agora sou refém do seu amor,
Refém das suas escolhas.

Oras bolas, 
Pensei que tinha o controle,
mas percebi que era o controlado,
É sempre assim,
O improvável busca o seu alvo, 
Eu.

Agora, não sei mais nada,
Só posso dizer que não tenho mais medo da morte,
Minha morte é ser esquecido,
Honestamente, morrer existindo deve ser uma forma horrível de morrer.

- Emerson Teixeira Lima

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