Subconscious Cruelty, 1999
Então, eu estou muito acostumado com filmes ultra polêmicos e o diabo. Já assisti coisa que, se eu contasse para algumas pessoas, elas duvidariam da minha sanidade. Mas uma lição boa que pude tirar do choque é que, por trás dele, sempre existirá um diretor ( louco, pervertido, maniaco, artista etc ) que quer contar a sua história. Dane-se os religiosos e conservadores, existe milhões de pessoas para assistir o mesmo, então eu aplaudo aqueles que se atrevem pensar. Independente do quão agressivo seja a obra escolhida. "Subconscious Cruelty" não existe em troca de nada, é claro que não é uma obra máxima, comparado a Godard, aliás, foda-se Godard. Ele tem um propósito, uma ideia que é moldada e, depois, se apresenta ao espectador do jeito que é, que existe no nosso dia a dia. A realidade não é uma coisa bonita, pelo menos na sua maioria. Esperei assistir uma obra vazia e me deparei com reflexões belíssimas, agradeço mais uma vez ao cinema extremo.
Nota: 4/5
Questão de Tempo, 2013
Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.
Há! Difícil não gostar de um filme que tem a Rachel McAdams. Não por ser a mulher mais linda do mundo, tampouco por ser das melhores atrizes, mas ela tem olhos e sorriso perfeito. Do tipo que, aos poucos, somos levados a acreditar que está apaixonada pelos atores da qual contracena. Talvez seja paixão por atuar, quem sabe. Independente, "About Time" é um bom passatempo, do tipo que faz bem ao coração. Leve e divertido quando tem que ser, emocionante nos momentos certos e, como é de se esperar, trás consigo uma mensagem otimista sobre a rotina. E, convenhamos, todos nós precisamos delas, uma vez ou outra.
Nota: 4/5
Dirkie - Perdidos No Deserto, 1969
Um filme sobre a sobrevivência de um pequeno menino no deserto do Kalahari, após a queda da aeronave.
Jamie Uys, diretor desse tesouro perdido, fez um documentário chamado "Os Animais Também são Seres Humanos". Inclusive foi o ganhador do Globo de Ouro do ano de 1975. Uma informação relevante, ao meu ver, visto que em "Dirkie" o cachorrinho é muito ser humano. Digo isso pela sua força mesmo, destro da narrativa. O garoto não está sozinho em nenhum momento, digo mais, luta mais para salvar o cachorrinho do que a própria vida. Se revelando um verdadeiro herói. Outro ponto interessante é os milhões de bilhetes que o pai joga pelo deserto, desejando colocar dicas de sobrevivência, como encontrar água, comida etc ele ouve o seguinte "coloque que você o ama e que logo irá encontrá-lo". É muito gratificante assistir um filme que não é o mais sério possível, aliás, tem um clima bem gostoso e, ainda assim, consegue ser muito sério na mensagem. O filme fala sobre sobrevivência, aquela que vem do coração. Há muitos casos de pessoas perdidas em selvas e desertos, mas eu apostaria que todos aqueles que viveram para contar as suas histórias só o fizeram porque amam e se sentem amados. Encontraram forças para tentar começar novamente. Guia nenhum do mundo te mostra como sobreviver, esse saber vem da sua esperança.
Nota: 4/5
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