É... o tempo passa né amor? |
Quando pensamos em sexploitation é bem provável que, dos vários nomes, uma moça tenha maior destaque na nossa lembrança: Christina Lindberg.
Essa eterna ninfeta - com vinte e poucos anos ainda tinha carinha de 11 - moveu litros e mais litros de esperma, principalmente na década de 70. Auge dela e, também, desse "sub-gênero" chamado sexploitation.
Christina Lindberg
Ela nasceu em 1950, na suécia. Ficou conhecida, principalmente, no final dos anos 60 e início de 70 pelo seu trabalho como atriz e modelo. E, claro, com sua beleza de menina virgem, não demorou muito para fazer um estrondoso sucesso no país e, consecutivamente, no mundo.
Minha proposta com esse texto não é explicar o que raios é o sexploitation e, muito menos, fazer uma biografia da longa (?) carreira dessa excelente atriz (?). Escolhi três filmes dela para recomendar, pois, acho interessante divulgar, também, esse cantinho - quente - do cinema.
Vamos lá:
A Cruel Picture ( 1974 )
"Garota é violentada quando criança e perde a fala. Na adolescência, ela vai ser enganada por um pilantra que a vicia em heroína e a prostitui, controlando-a através do vício. Depois de passar por todo tipo de sofrimento, a jovem consegue um treinamento em tiro e artes marciais, partindo finalmente para a vingança. Foi o primeiro filme a ser banido da Suécia - país de sua produção - por causa de suas cenas de sexo e violência"
Tenho que destacar, inicialmente, que o diretor deste filme é o Bo Arne Vibenius. Ele trabalhou com Ingmar Bergman em dois filmes, como assistente. Reza a lenda que, após terminar esse "Filme cruel com slow motion no talo", Bo Arne Vibenius ( que eu chamo carinhosamente de "Bo" ) fez uma exibição exclusiva para, até então, seu mestre Bergman.
Ele ficou mais ou menos com essa cara ai, ó |
O resultado, claro, é que ele detestou o filme. Tento imaginar que ele sentiu a falta de uma pitadinha de crise existencial na protagonista, afinal, ela fora estuprada, violentada, chutada, socada, aprisionada, drogada e furada - no olho também -, no mínimo, 11558148466684684 vezes.
Tarantino também curte esse filme!
Tarantino é o cara que faz, hoje em dia, muita gente voltar no tempo - e se despir - para assistir "a cruel picture". Ele já falou diversas vezes que adora o filme e, claramente, é uma das diversas obras que influenciaram o diretor.
Mas esse não é o único filme da Lindberg que inspirou o Taranta, tem um chamado "Furyô anego den: Inoshika Ochô":
Furyô anego den: Inoshika Ochô ( 1974 )
"No início do século XX, o Japão vivia um momento de transição, em que a ideologia samurai dos séculos anteriores era substituída pelo modernismo ocidentalizado. Neste cenário, a jovem jogadora e espadachim Ochô Inoshika (Reiko Ike) jamais deixou de ansiar por uma vingança contra aqueles que assassinaram covardemente seu pai. A oportunidade vem quando ela cruza o caminho de um rebelde samurai em sua luta contra a nova ordem policial, e mais tarde com uma jogadora e espiã ocidental de interesses misteriosos (Christina Lindberg, a musa cult de Anita - Ur en Tonårsflickas Dagbok)."
Também conhecido como "Sex and Fury". Esse filme é um espetáculo. Uma das primeiras cenas é a protagonista saindo da banheira ( nua, antes que me perguntem ) para matar capangas do mal, tudo isso na neve!
Anita ( 1973 )
"Uma jovem chamada Anita (Lindberg) sofre de problemas psicológicos e de promiscuidade sexual, devido à sua infância problemática e pais distantes. Ela encontra Erik (Skarsgård), um aluno de uma universidade local, que tenta ajudá-la por meio da análise de seus relacionamentos anteriores. Depois de revelar seus mais íntimos e violentos encontros para Erik, ele determina que, para ela superar sua ninfomania, primeiro tem que experimentar um "verdadeiro" orgasmo! Anita é um clássico sueco controverso de exploração estrelado pela atriz cult Christina Lindberg (THRILLER: A Cruel Picture) e pelo muito jovem Stellan Skarsgård (Pirates of the Caribbean: At Wourld's End), em um de seus primeiros papéis."
Em menos de 3 minutos, a protagonista, Anita, chupa dois caras. Sendo que o segundo ela vai com ele na sua barraca no meio da rua ( alguém me explica como apareceu aquela barraca!? ), feito exclusivamente para acalmar a sua fome por sexo.
Fome por sexo... ai, ai, fome por sexo... Esqueçam "Shame", esse filme cult e muito bem realizado sobre o tema, e venham curtir uma safadeza ( extremamente mal feita, leia-se divertida ) com a querida Anita!
Lindberg e Stellan Skarsgård. Sim, Stellan Skarsgård do Piratas do Caribe, Exorcista, inicio... |
E, se no "A Cruel Picture" podemos imaginar um conflito existencial na protagonista, em "Anita" podemos aprender um pouco de psicologia com o amigo ( um pouco gay ) da mocinha protagonista.
Descobrimos que ela precisa ter um orgasmo. Então ela vai tentar - a todo custo - no seu quartinho, usando um vibrador. Então ela joga o vibrador no chão, sem nenhum motivo. Bem, cabe a nós achar que tem algum sentido nisso.
Bem, é isso. Aqui no blog Cronologia do Acaso, filosofia e sacanagem andam lado a lado! Até a próxima!